Antes de mais nada, obrigada por tudo. Obrigada por terem ficado e por me acompanharem nestes três anos. Adoro-vos imenso.
Tive tantos percalços, tantos obstáculos e tantos motivos para deixar de escrever. Mas não o fiz, pela Bella e por vós. A história avançou mais do que aquilo que eu imaginava. E vou dar-lhe um fim. Porém, não é agora.
Decidi reescrever a história e publicar em http://beforethecountdown.blogspot.pt/ em português; e no Wattpad (quem não souber o que é, eu posso esclarecer ou pesquisem no Google), em inglês. a minha conta é @debbiewade
Os motivos são simples. Apenas sinto-me responsável por dar uma história mais coerente e complexa à Bella (que é uma parte de mim, como vocês sabem). Volto a dizer, obrigada por tudo e continuarei cá. Não vou eliminar este blogue, tem demasiada história. Venham revisitar-me, aqui, sempre que quiserem matar saudades de alguns capítulos.
Amo-vos!
Yours, Débbie
FANFIC EDITADA EM http://beforethecountdown.blogspot.pt/ , URL OFICIAL DA «NEW BEGGINING» Olá, eu sou a débbie e tenho 20 anos. Já dizia a minha mãe que muito antes de eu saber ler lhe lia histórias para adormecer. Com doze anos criei uma história nas Ilhas Canárias. Aos meus dezassete, comecei esta fanfic e amo-a do fundo do meu coração. Espero que gostem e obrigada por retirarem alguns minutos da vossa vida para ler um dos maiores orgulhos da minha vida. @zanybubbles
domingo, 19 de abril de 2015
domingo, 5 de abril de 2015
New Begginning - Capítulo 149
- Tens frio? – Ele perguntou.
Neguei.
- Estou bem, obrigada.
Sentia os seus dedos a acariciar-me a pele, no pescoço. Estávamos
sentados no sofá, em casa dele e dos pais. Esperávamos o regresso do seu pai a
casa, depois do trabalho. Eram quase sete horas da noite e a sua irmã mais
velha tinha levado as pequenas a passear. O assunto que queríamos falar era
delicado e não era necessário que uma conversa séria fosse partilhada com elas.
Trisha trouxera-nos chá e biscoitos de chocolate para descansar a fome.
- Como tens estado, Bella? Há muito tempo que não te vejo.
Trisha sorriu e eu senti-me mais descansada. Eram poucas as vezes que
nos víamos. Se tivesse tirado a carta mais cedo, se calhar teria os visitado
com frequência. Queria uma relação próxima com os pais de Zayn e também com as
suas irmãs. Porém, devido ao cancro e à gravidez... indesejada, tornava-se
difícil fazer metade das coisas que gostaria.
- Estou bem, obrigada Trisha.
- O tratamento está a correr bem?
Confirmei com um sorriso.
Zayn mantinha-se calado durante a conversa informal que a sua mãe
parecia insistir em ter. Trish talvez estivesse a tentar manter-me mais
confortável, ela por compreender o meu lado de mulher. Ou a tentar criar um
ambiente seguro, livre de silêncios que pudessem haver. Ou, talvez, estivesse
apenas a agir como a mãe do meu namorado.
Felizmente o pai de Zayn chegou a casa. Cumprimentou-me com um
sorriso sincero.
- Como tens estado Bella? Os tratamentos estão a correr bem?
Duvidei que alguma vez alguém fosse perguntar-me como estava a minha
vida sem que tivesse de referir a minha condição médica e a minha saúde. Era desgastante,
mas eu nunca iria confessar isso.
- Vou só pousar as malas e trocar de roupa, venho já.
Deu um beijo na testa de Trisha e subiu as escadas.
O silêncio, que eu tanto queria evitar, instalou-se. Evitei possíveis
olhares com a mãe de Zayn e foquei-me então na mesa da sala e nos biscoitos. Agarrei
na caneca de chá e a minha mão tremeu.
- Eu ajudo-te – Zayn falou pela primeira vez.
- Não, deixa estar. Eu faço isso.
Apertei a caneca com mais força mas o meu braço não deixou. Escorregou
entre os meus dedos mas não caiu graças a Zayn. Os suores tomaram conta de mim.
- Peço desculpa – falei debilmente.
- Não tem mal, querida – disse a mãe dele.
Yaser juntou-se a nós no momento em que recusei a Zayn a caneca de
chá.
- Não vale a pena – murmurei para ele.
Limitei-me a ficar quieta e de braços pousados.
- Senhor Yaser, eu queria...
- Por favor, Bella, trata-me apenas por Yaser – interrompeu-me com um
sorriso.
- Yaser – corrigi-me. – Queria falar convosco sobre a gravidez.
Trinquei a língua, não sabendo se devia ter sido tão direta.
- Chegaram a uma decisão, os dois?
- Sim. Zayn queria que eu falasse primeiro com a minha mãe, mas eu já
sei que ela me apoia. Por isso, decidi que fossem os primeiros a saber.
Porque é que eu tinha a sensação que isto era uma questão de vida ou
de morte? Mantém-te calma Bella.
- Obrigada pela consideração, é muito gentil da tua parte – disse Trisha.
Sentia-me como um peixe fora de água. Tinha mudado tanto a minha
maneira de ser em tão curto espaço de tempo. Sentia um frenesim na pele, uma
dormência desconfortável. Apenas, e apenas,
não podia deixar que isso me tirasse a coragem.
- Eu e o Zayn decidimos que o melhor – clareei a voz – quer dizer, eu
decidi mais que ele, mas apenas porque comecei a nutrir um grande valor à minha
vida que irei abortar.
Respirei fundo. Respirei fundo duas e três vezes. Nenhum dos quatro
falou e eu esperei que Yaser não me olhasse friamente ou Trisha com tristeza
nos olhos.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
New begginning - Capítulo 148
Abracei-a com todas as forças possíveis. Nunca fomos melhores amigas
e raramente tínhamos conversas normais que uma mãe e uma filha têm. Ela sabia
que eu nunca lhe tinha dado o devido valor, mas estava arrependida disso. Ao
longo de todos estes anos as demonstrações de carinho eram raras, tanto da
minha parte como dela. Provavelmente por causa do meu pai.
Soluçava, incansável.
- Zayn, arranja qualquer coisa para ela comer – a voz da minha mãe
era suave.
Observei-o a mover-se pela cozinha, preparando uma sanduíche e
enchendo um copo com leite. Sentou-se do outro lado da mesa, depois de colocar
o prato e o copo à minha frente.
- Acalma-te um pouco, Isabela, tens de comer.
A minha mãe depositou um beijo na minha testa e eu virei-me. Comi o
pão com calma, agarrada à sua cintura enquanto olhava para ele. Os seus olhos
sombrios nunca tinham largado os meus e eu não gostava da maneira como ele
estava pensativo. Nunca era bom sinal. Percebi que se recriminava pelo que
estava a acontecer.
Quando acabei de beber o leite, a minha mãe forçou-me a largá-la e a
olhar para ela.
- Vai tudo correr bem – assegurou-me. – Qualquer que seja a tua
decisão, vou apoiar-te.
A realidade abateu-se de novo sobre mim e eu chorei, mais uma vez. Zayn
levantou-se de repente e aproximou-se de mim.
- Eu entendo que esteja a ser difícil para ti e custa-me muito ver-te
neste estado, filha, mas a decisão é tua e dele, não minha. Acredito que és
capaz de fazer a decisão correta, seja ela assumires a gravidez ou abdicares
disso.
Não conseguia entender as palavras dela. Supostamente não é assim que
as mães devem reagir a isto, não quando a sua fiha adolescente está grávida. O
meu choque era evidente. Ela suspirou.
- Podes não acreditar – continuou – mas tens maturidade suficiente
para saber o que fazer. Não te esqueças que a ideia de vir para Inglaterra foi
tua, pelo teu irmão. Eu apenas vim para não ficar longe de vocês. Sinceramente,
se tivesses vindo só tu, conseguias muito bem viver sozinha.
Esboçou um sorriso.
Tinha a cabeça a fervilhar de preocupação. Sam aproximou-se de mim e
passou-me à mão um dos seus dinossauros. Não evitei sorrir.
- Queres brincar? – Perguntei.
Ele acenou que sim. Agarrou-me pelo braço e puxou-me para o seu nível
de estatura. Fiquei de joelhos.
Limpou as lágrimas dos meus olhos com as suas mãos pequeninas e
depositou um beijo no meu rosto. Olhou para mim por um momento e sorriu.
- Obrigada meu amor.
Ele sorriu mais, mostrando os dentinhos que ainda se estavam a
formar. Levantei-me com cuidado e acompanhei-o até à sala. Sentámo-nos no chão,
só os dois, e em silêncio. Quando dei por ela, já passavam das oito da noite.
Poucos dias tinham passado.
As palavras da minha mãe tinham ficado retidas no meu pensamento.
Apesar de ter dedicado todo o meu tempo a Sam, a minha mente era um remoínho de
preocupações. Zayn passava a maior parte do tempo com a família, mas apenas
porque eu insistira. Nos últimos tempos raramente passava algum tempo de
qualidade com as suas irmãs.
- Precisas falar com os teus pais – aconselhei.
- Eu sei – suspirou.
Tinha-me levado ao Hyde Park, nessa tarde. Safaa veio conosco e
divertia-se a alimentar os patos do lago. Eu estava encostada ao peito de Zayn,
no seu colo.
- Mesmo que sejas maior de idade, precisas do apoio deles.
- Mas a nossa decisão já está tomada, Bells. – Resmungou.
Trinquei o lábio.
- Eu sei, mas eles continuam a ser os teus pais.
Levantei a cabeça para o olhar. A expressão do seu rosto era de teimosia e eu dei-lhe uma palmada na
mão.
- Por favor, fala com eles. Por mim.
Aproximei-me do seu rosto e beijei-o.
As nossas mãos frias friccionavam-se à procura do calor que nos
corria nas veias. O vento estava benevolente e não atiçava o frio que já se
tinha instalado no ar.
- Zayn... – sussurrei.
Ele suspirou, sem paciência.
- Está bem. Eu falo com eles.
Encostei de novo a minha cabeça no seu peito.
- Obrigada - respondi, com um sorriso nos meus lábios e os olhos postos em Safaa.
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